segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Amor descartável


Estamos à procura de um produto, um produto que se chama amor (...)
Um produto que hoje em dia está empacotado e encontramos em qualquer esquina.

Um rapaz avista uma loja (...). Entra nela e pergunta ao vendedor:
- Moço, aqui vocês vendem amor?

Vendedor:
- Vendemos, sim. Qual tipo de amor que você gostaria?

Rapaz:
- Quero um tipo de amor que custe barato, e que eu possa usá-lo apenas uma vez e jogá-lo fora.

Vendedor:
Hum, já sei (...). O senhor quer amor descartável. Ele fica ali no corredor ao lado, é melhor o senhor correr, pois esse produto é muito vendido e está acabando; muitas pessoas o utilizam.

Pois bem, infelizmente o trato para com as pessoas e sentimentos é deste jeito; como se o amor fosse um produto que fica exposto numa prateleira. Onde quem quiser chega, te leva, utiliza e depois descarta; simples assim.
A cada dia que passa, estamos substituindo as pessoas e sentimentos por coisas, objetos, desejos materiais, status e mais um monte de futilidades que nunca nos trarão a pureza das coisas bonitas da vida.
O amor verdadeiro nunca ficará exposto numa prateleira, muito menos será encontrado em qualquer esquina. Pois o que é genuíno não fica a deriva de qualquer um, é reservado pra poucos. Esse tipo de “amor” com o qual estamos acostumados, não é amor, é uma cópia muito mal feita do sentimento mais lindo que existe. Tesão não é amor, paixão muito menos, sexo menos ainda (...) 
Então cruzemos os dedinhos e peçamos a papai do céu um amor verdadeiro, que seja garimpado nos minérios da vida, que não seja comprado, que seja guardado à sete chaves no lado esquerdo do peito, onde mora um coração sedento por esse tal amor.